Biografia
John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont. Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade. Foi professor secundário por três anos antes de cursar a Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se professor da Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e educação, além de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à causa democrática, participou de vários movimentos sociais. Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos.
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John Dewey
O filósofo norte-americano defendia a
democracia e a liberdade de pensamento como instrumentos para a manutenção
emocional e intelectual das crianças
01/07/2011 19:37
Foto: Wikimedia
Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida
como pragmatismo
Frases de John Dewey:
"O professor que desperta entusiasmo em seus alunos conseguiu algo que nenhuma soma de métodos sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter"
"A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento"
John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont. Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade. Foi professor secundário por três anos antes de cursar a Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se professor da Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e Educação, além de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à causa democrática, ele participou de vários movimentos sociais. Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos.
Quantas vezes você já ouviu falar na necessidade de valorizar a capacidade de pensar dos alunos? De prepará-los para questionar a realidade? De unir teoria e prática? De problematizar? Se você se preocupa com essas questões, já esbarrou, mesmo sem saber, em algumas das concepções de John Dewey, filósofo norte-americano que influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.
Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo - uma vez que, para essa escola de pensamento, as idéias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento - físico, emocional e intelectual.
O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional mas também no interior das escolas.
"O professor que desperta entusiasmo em seus alunos conseguiu algo que nenhuma soma de métodos sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter"
"A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento"
John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont. Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade. Foi professor secundário por três anos antes de cursar a Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se professor da Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e Educação, além de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à causa democrática, ele participou de vários movimentos sociais. Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos.
Quantas vezes você já ouviu falar na necessidade de valorizar a capacidade de pensar dos alunos? De prepará-los para questionar a realidade? De unir teoria e prática? De problematizar? Se você se preocupa com essas questões, já esbarrou, mesmo sem saber, em algumas das concepções de John Dewey, filósofo norte-americano que influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.
Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo - uma vez que, para essa escola de pensamento, as idéias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento - físico, emocional e intelectual.
O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional mas também no interior das escolas.
Estímulo à cooperação
Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma
escola-laboratório ligada à universidade onde lecionava para testar métodos
pedagógicos. Ele insistia na necessidade de estreitar a relação entre teoria e
prática, pois acreditava que as hipóteses teóricas só têm sentido no dia-a-dia.
Outro ponto-chave de sua teoria é a crença de que o conhecimento é construído
de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas. "O
aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num
ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de
pensamento", escreveu. Por isso, a escola deve proporcionar práticas
conjuntas e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças
de forma isolada.
Seu grande mérito foi ter sido um dos primeiros a
chamar a atenção para a capacidade de pensar dos alunos. Dewey acreditava que,
para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo de pessoas se
comunicando e trocando idéias, sentimentos e experiências sobre as situações
práticas do dia-a-dia. Ao mesmo tempo, reconhecia que, à medida que as
sociedades foram ficando complexas, a distância entre adultos e crianças se
ampliou demais. Daí a necessidade da escola, um espaço onde as pessoas se
encontram para educar e ser educadas. O papel dessa instituição, segundo ele, é
reproduzir a comunidade em miniatura, apresentar o mundo de um modo
simplificado e organizado e, aos poucos, conduzir as crianças ao sentido e à
compreensão das coisas mais complexas. Em outras palavras, o objetivo da escola
deveria ser ensinar a criança a viver no mundo.
"Afinal, as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo", ensinou, argumentando que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados diante de problemas reais. A Educação, na visão deweyana, é "uma constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo.
A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas idéias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.
"Afinal, as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo", ensinou, argumentando que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados diante de problemas reais. A Educação, na visão deweyana, é "uma constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo.
A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas idéias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.
Liberdade intelectual
para os alunos
A filosofia deweyana remete a uma prática docente
baseada na liberdade do aluno para elaborar as próprias certezas, os próprios
conhecimentos, as próprias regras morais. Isso não significa reduzir a
importância do currículo ou dos saberes do educador. Para Dewey, o professor
deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e
jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas. Em lugar de começar com
definições ou conceitos já elaborados, deve usar procedimentos que façam o
aluno raciocinar e elaborar os próprios conceitos para depois confrontar com o
conhecimento sistematizado. Pode-se afirmar que as teorias mais modernas da
didática, como o construtivismo e as bases teóricas dos Parâmetros Curriculares
Nacionais, têm inspiração nas idéias do educador.
Para pensar
Uma das principais lições deixadas por John Dewey é
a de que, não havendo separação entre vida e educação, esta deve preparar para
a vida, promovendo seu constante desenvolvimento. Como ele dizia, "as
crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro,
vivendo". Então, qual é a diferença entre preparar para a vida e para
passar de ano? Como educar alunos que têm realidades tão diferentes entre si e
que, provavelmente, terão também futuros tão distintos?
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/john-dewey-307892.shtml -
Acessado em 29-07-2015
CONTRIBUIÇÕES DA FILOSOFIA DE JOHN DEWEY PARA A EDUCAÇÃO: A
DEMOCRACIA COMO CREDO PEDAGÓGICO
Carina Tonieto - UPF
Altair Alberto Fávero - UPF
Resumo :
O presente texto tem como um de seus objetivos partilhar com a comunidade educativa os estudos
realizados no grupo de pesquisa “pragmatismo e educação”, o qual tem por objetivo investigar as contribuições
do pragmatismo para o campo educacional, assim com buscar referenciais que auxiliem na discussão e na
proposição de novos modos de pensar e agir no cotidiano escolar da escola pública, envolto em complexos
contextos de transformações sociais, culturais e políticas. No texto que segue buscaremos mostrar as
contribuições de John Dewy para a educação numa sociedade de mudanças, onde reconstruiremos e
analisaremos as razões que levaram John Dewey a eleger a democracia como credo pedagógico de sua filosofia
da educação, já que a democracia é indicada como uma das exigências de uma civilização em mudança. Para
tanto, inicialmente, faremos uma breve reconstrução das origens da democracia na paidéia grega para, em
seguida, analisar os motivos que o levaram a eleger a democracia como principal referência do seu credo
pedagógico. Nos dois últimos tópicos analisaremos a concepção democrática de educação na obra Democracia e
educação e a razão por que Dewey utiliza a ciência, a filosofia e a educação como instrumentos na reconstrução
da democracia.
Palavras-chave: Democracia. Educação. Credo Pedagógico. Escola Pública.
para ler o artigo, acesse:
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/346/858
RESUMO:
Este artigo foi escrito a partir dos estudos realizados durante a pesquisa de Mestrado em Educação da Universidade Estadual de Londrina. Os resultados obtidos com essa pesquisa vieram a se tornar a dissertação intitulada O pragmatismo de John Dewey e a Educação infantil Municipal de Londrina: relações possíveis? Os estudos em específico, deste artigo, procuram delinear como o pensamento educacional deweyano teve entrada em nosso país e a partir de que autores foi propagada as suas idéias. O artigo também faz uma breve relação entre a escrita do documento O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova: ao povo e ao Governo e as idéias educacionais proposta pelo filósofo norte americano John Dewey.
Palavras-chaves: John Dewey, Escola Nova, Manifesto dos Pioneiros.
Continuar lendo:
http://www.gtpragmatismo.com.br/redescricoes/redescricoes/ano3_01/4_carvalho.pdf
AS INFLUÊNCIAS DO PENSAMENTO DE JOHN DEWEY NO CENÁRIO
EDUCACIONAL BRASILEIRO
Viviane Batista Carvalho1
RESUMO:
Este artigo foi escrito a partir dos estudos realizados durante a pesquisa de Mestrado em Educação da Universidade Estadual de Londrina. Os resultados obtidos com essa pesquisa vieram a se tornar a dissertação intitulada O pragmatismo de John Dewey e a Educação infantil Municipal de Londrina: relações possíveis? Os estudos em específico, deste artigo, procuram delinear como o pensamento educacional deweyano teve entrada em nosso país e a partir de que autores foi propagada as suas idéias. O artigo também faz uma breve relação entre a escrita do documento O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova: ao povo e ao Governo e as idéias educacionais proposta pelo filósofo norte americano John Dewey.
Palavras-chaves: John Dewey, Escola Nova, Manifesto dos Pioneiros.
Continuar lendo:
http://www.gtpragmatismo.com.br/redescricoes/redescricoes/ano3_01/4_carvalho.pdf