segunda-feira, 10 de setembro de 2012

TERCEIRA UNIDADE II - TENDENCIAS PEDAGÓGICAS


AS TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS
- Analisam de forma critica as realidades sociais,
- a educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social,
- explica o papel do sujeito como um ser que constrói sua realidade.
- Ela assume um caráter pedagógico e político ao mesmo tempo.
É Libertadora quando:
- o papel da educação é conscientizar para transformar a realidade
- os conteúdos são extraídos da pratica social e cotidiana dos alunos.
- Os conteúdos pré-selecionados são vistos como uma invasão cultural.
- A metodologia é caracterizada pela problematização da experiência social em grupos de discussão.
- A relação do professor com o aluno é tida como horizontal em que ambos passam a fazer parte do ato de educar.
É Libertaria quando:
- a escola propicia praticas democráticas,
- o professor torna-se um orientador do grupo sem impor suas idéias e convicções.
 
É Crítico-social dos conteúdos quando:
- a escola tem a tarefa de garantir a apropriação critica do conhecimento cientifico e universal,
- classe trabalhadora apropria-se do saber.
- Adota o método dialético, esse que é visto como o responsável pelo confronto entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola.
- O educando participa com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.
1º texto:
AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA E SEUS PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM
 
O objetivo deste artigo é verificar os pressupostos de aprendizagem empregados pelas diferentes tendências pedagógicas na prática escolar brasileira, numa tentativa de contribuir, teoricamente, para a formação continuada de professores.
 
Sabe-se que a prática escolar está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica que implicam diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, inter alia. Assim, justifica-se o presente estudo, tendo em vista que o modo como os professores realizam o seu trabalho na escola tem a ver com esses pressupostos teóricos, explícita ou implicitamente.
 
Embora se reconheçam as dificuldades do estabelecimento de uma síntese dessas diferentes tendências pedagógicas, cujas influências se refletem no ecletismo do ensino atual, emprega-se, neste estudo, a teoria de José Carlos Libâneo, que as classifica em dois grupos: “liberais” e “progressistas”. No primeiro grupo, estão incluídas a tendência “tradicional”, a “renovada progressivista”, a “renovada não-diretiva” e a “tecnicista”. No segundo, a tendência “libertadora”, a “libertária” e a “crítico-social dos conteúdos”.
Justifica-se, também, este trabalho pelo fato de que novos avanços no campo da Psicologia da Aprendizagem, bem como a revalorização das idéias de psicólogos interacionistas, como Piaget, Vygotsky e Wallon, e a autonomia da escola na construção de sua Proposta Pedagógica, a partir da LDB 9.394/96, exigem uma atualização constante do professor. Através do conhecimento dessas tendências pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá condições de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala de aula.

No aspecto teórico-prático, ou seja, nas manifestações na prática escolar das diversas tendências educacionais, será dado ênfase ao ensino da Língua Portuguesa, considerando-se as diferentes concepções de linguagem que perpassam esses períodos do pensamento pedagógico brasileiro.
2º texto Tendências Pedagógicas

As tendências pedagógicas são divididas em liberais e progressistas. A pedagogia liberal acredita que a escola tem a função de preparar os indivíduos para desempenhar papéis sociais, baseadas nas aptidões individuais. Dessa forma, o indivíduo deve adaptar-se aos valores e normas da sociedade de classe, desenvolvendo sua cultura individual. Com isso as diferenças entre as classes sociais não são consideradas, já que, a escola não leva em consideração as desigualdades sociais. Existem quatro tendências pedagógicas liberais:

Tradicional: tem como objetivo a transmissão dos padrões, normas e modelos dominantes. Os conteúdos escolares são separados da realidade social e da capacidade cognitiva dos alunos, sendo impostos como verdade absoluta em que apenas o professor tem razão. Sua metodologia é baseada na memorização, o que contribui para uma aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva.

Renovada: a educação escolar assume o propósito de levar o aluno a aprender e construir conhecimento, considerando as fases do seu desenvolvimento. Os conteúdos escolares passam a adequar-se aos interesses, ritmos e fases de raciocínio do aluno. Sua proposta metodológica tem como característica os experimentos e as pesquisas. O professor deixa de ser um mero expositor e assume o papel de elaborar situações desafiadoras da aprendizagem. A aprendizagem é construinda através de planejamentos e testes. O professor passa a respeitar e a atender as necessidades individuais dos alunos.

Renovada não-diretiva: há uma maior preocupação com o desenvolvimento da personalidade do aluno, com o autoconhecimento e com a realização pessoal. Os conteúdos escolares passam a ter significação pessoal, indo de encontro aos interesses e motivação do aluno. São incluídas atividades de sensibilidade, expressão e comunicação interpessoal, acentuando-se a importância dos trabalhos em grupos. Aprender torna-se um ato interno e intransferível. A relação professor-aluno passa a ser marcada pela afetividade.

Tecnicista: enfatiza a profissionalização e modela o individuo para integrá-lo ao modelo social vigente, tecnicista. Os conteúdos que ganham destaque são os objetivos e neutros. O professor administra os procedimentos didáticos, enquanto o aluno recebe as informações. O educador tem uma relação profissional e interpessoal com o aluno.

Já as tendências pedagógicas progressistas analisam de forma critica as realidades sociais, cuja educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social, explicando o papel do sujeito como um ser que constrói sua realidade. Ela assume um caráter pedagógico e político ao mesmo tempo. É divida em três tendências:

Libertadora: o papel da educação é conscientizar para transformar a realidade e os conteúdos são extraídos da pratica social e cotidiana dos alunos. Os conteúdos pré-selecionados são vistos como uma invasão cultural. A metodologia é caracterizada pela problematizarão da experiência social em grupos de discussão. A relação do professor com o aluno é tida como horizontal em que ambos passam a fazer parte do ato de educar.

Libertaria: a escola propicia praticas democráticas, pois acredita que a consciência política resulta em conquistas sócias. Os conteúdos dão ênfase nas lutas sociais, cuja metodologia é está relacionada com a vivência grupal. O professor torna-se um orientador do grupo sem impor suas idéias e convicções.

Crítico-social dos conteúdos: a escola tem a tarefa de garantir a apropriação critica do conhecimento cientifico e universal, tornando-se uma arma de luta importante. A classe trabalhadora deve apropriar-se do saber. Adota o método dialético, esse que é visto como o responsável pelo confronto entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola. O educando participa com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.
http://www.infoescola.com/pedagogia/tendencias-pedagogicas/
Referências bibliográficas:

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1989.

SAVIANI. Dermeval. Escola e democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997.

 

8 comentários:

  1. sem dúvidas, a missão maior da educação é conscientizar e libertar o aluno de sua realidade,porém ainda falta uma tomada de consciência por parte dos educadores que deve agir por um viés de que, este deve ser em sala de aula um orientador um mediador que leva o aluno a buscar o conhecimento, só assim este avanço pedagógico educacional tende a mudar e só assim esta pedagogia pode ser considerada libertadora.

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  2. concordo Diego!! Os professores têm que guiar os alunos e incentivá-los a buscar conhecimento, a andar com "as próprias pernas", e não somente ditar o que eles devem ou não aprender!
    É claro que tem que haver um interesse por parte do aluno em querer aprender, por que não vai adiantar nada o professor cumprir seu papal de orientador, se o aluno não estiver interessado em buscar seus próprios conhecimentos.

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  3. pois é dany torgal, mas não se pode exigir do aluno uma atitude que el nunca tenha visto ou percebido, nem muito menos aquilo que nem o proprio educador conhece ou pratica, essa mudança deve sim ocorrer e todos devem estar inseridos nesse proposito, acredito que o menos responsável seja realmente o aluno, pois como sempre, colocamos no sistema a culpa, mas não nos esqueçamos que alguém é que move este sistema, e este ou estes são de inicio os responsáveis e em seguida todos os que comungam deste desfrutável método. a pedagogia aqui exposta: libertadora, aparece como um bom e sincero método a ser seguido, porém percebemos que ainda está longe de tal prática.

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  4. Sabemos que a educação no nosso país vem passando por uma renovação a muito tempo no seu aspecto histórico no processo de ensino e aprendizagem, sua relação professor x alunos e claro que isso, se deve na evolução das tendencias pedagógicas no decorrer de todos esses anos. Desde a pedagogia tradicional que teve sua importância muito grande dentro da educação brasileira até o advento das pedagogias progressistas .Mas acredito que este método de pedagogia liberal ainda é o mais sensato e mais conveniente para ser aplicado em sala de aula.

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  5. Concordo com você Jadielson. Realmente mudanças estão acontecendo, só que de forma lenta em minha opinião! A tendência pedagógica tradicional ainda é bastante influente na educação do nosso país e isso flui de maneira negativa tendo em vista que não há interação entre educador e educando onde o aprendizado não tornasse proveitoso apenas mecanizado, uma vez que o aluno não tem liberdade para expôr suas opiniões e agir de maneira participativa, representado apenas o suposto papel de ouvinte.

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  6. O professor deve ajudar aos alunos a se tornarem autodidatas.O professor têm um papel fundamental na vida de um aluno, pois o professor pode fazer o aluno se encantar com uma disciplina , quanto pode fazer o aluno odiar uma disciplina para o resto da vida.
    O professor deve ir em busca de novas metodologias e esquecer um pouco o tradicional.

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  7. Bem, um dos objetivos do professor é ajudar na formação do indivíduo, para que esse seja um ser atuante na sociedade. Mas toda essa influência vai depender do tipo de metodologia que o educador utiliza, e aí é que mora o problema. Se o professor utilizar metodologias de ensino baseadas em uma tendência tradicionai, por exemplo, o efeito será contrário, uma vez que há uma restrição de conhecimento. O ideal é a utilização de metologias baseadas em tendências mais inovadoras, que permitam a amplificação de conhecimentos e uma relação mais interativa e amigável entre o educador e o aluno, como as tendências renovadora e renovadora não-diretiva. Por outro lado, mesmo sabendo que nada disso é impossível, se houver dedicação total por parte da maioria dos profissionais da educação, parece que a palavra "mudança" assusta, o que acaba tonrnado essa tarefa uma verdadeira utopia.

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  8. Verdade Janyellen, o professor deve ajudar na formação do indivíduo, esse objetivo é importante e fundamental, caso contrário fica difícil atuar na sociedade. É ai que observamos a exceleência do nome orientador. O mestre é aquele quer observa a necessidade de seus alunos de alguma forma e utiliza suas observações a seu favor, usando metódos inovadores em sala de aula e com isso surge o que disse Mary, o encanto dos alunos pela matéria, a atuação do professor/orientador/mestree/educador em suas aulas é muito importante para o futuro do nosso país.

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