segunda-feira, 28 de maio de 2012

O CONHECIMENTO E FORMAS DE CONHECIMENTO



CONHECIMENTO




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

...Conhecimento está associado com pragmática, isto é, relaciona-se com alguma coisa existente no "mundo real" do qual temos uma experiência direta.

O conhecimento pode ainda ser aprendido como um processo ou como um produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e conceitos o conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa.

A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada. Aristóteles divide o conhecimento em três áreas: científica, prática e técnica.

Além dos conceitos aristotélico e platônico, o conhecimento pode ser classificado em uma série de designações/categorias:

Conhecimento sensorial: É o conhecimento comum entre seres humanos e animais. Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato, audição e paladar).

Conhecimento intelectual: Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente. Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma lógica.

Conhecimento vulgar/popular: É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva, acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.

Conhecimento científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do conhecimento científico quase uma antítese do popular.

Conhecimento filosófico: Mais ligado à construção de ideias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição humana.

Conhecimento teológico: Conhecimento adquirido a partir da fé teológica, é fruto da revelação da divindade. A finalidade do teólogo é provar a existência de Deus e que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação.

Conhecimento intuitivo: Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo diz respeito à subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à racionalidade humana. Manifesta-se de maneira concreta quando, por exemplo, tem-se uma epifania.

1.Intuição sensorial/empírica: “A intuição empírica é o conhecimento direto e imediato das qualidades sensíveis do objeto externo: cores, sabores, odores, paladares, texturas, dimensões, distâncias. É também o conhecimento direto e imediato de estados internos ou mentais: lembranças, desejos, sentimentos, imagens.” (in: Convite à Filosofia; CHAUÍ, Marilena).

2.Intuição intelectual: A intuição com uma base racional. A partir da intuição sensorial você percebe o odor da margarida e o da rosa. A partir da intuição intelectual você percebe imediatamente que são diferentes. Não é necessário demonstrar que a “parte não é maior que o todo”, é a lógica em seu estado mais puro; a razão que se compreende de maneira imediata.

10 comentários:

  1. "Conhecimento filosófico: Mais ligado à construção de ideias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar."
    É essa busca pelas verdades do mundo que precisa estar sempre acesa em nós. Não podemos (nem devemos) estar satisfeitos com o meio, temos que buscar transformações e melhorias, temos que nos perguntar com mais frequência "por que é assim?, será que não podemos mudar?". O conhecimento, em todas as suas categorias, deve nos servir de base para responder a essas indagações e com isso encontrar as mudanças necessárias.

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    1. Bom, Kledja Araújo! É exatamente esse o ponto que pode levar ao conhecimento. "Por que é assim", será que não podemos mudar? E, olha, poder ver em cada coisa o contraditório, a partir daí o objeto pode se revelar completamente. Obrigado pela participação.

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  2. O conhecimento filosófico é um dos mais importantes conhecimentos que podemos ter. Pois é na busca da verdade, da razão que questionamos.

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    1. Boa tarde, Mary!
      Sim, podemos e devemos questionar as "verdades"! Se usamos a razão, as questionamos sabendo por que e para que questionamos, se não existe um motivo justo para isso, é tolice, é inutilidade o que questionamos. Quando buscamos a verdade devemos estar conscientes do que buscamos, para que buscamos e por que buscamos, assim se estabelece um fluxo natural e tudo flue para a nossa compreensão e realização do conhecimento almejado.

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  3. muito interessante este assunto dialogado hoje em sala... pelo que entendi, o conhecimento só se faz existente quando a partir da informação recebida o individuo a processa e consegue dela usufruir na prática de multiplicar esta informação para o outro, sem esta prática, será apenas uma mera informação.
    mas me surgiu uma dúvida, indo para o âmbito jornalistico, temos uma informação de que muitas vezes não usufruirmos dela, ou seja não há uma interação com o objeto de estudo, porém não deixamos de dizer que as matérias jornalisticas é um conhecimento. até onde podemos considerar informação e a partir de quando devemos considerar informação?

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    1. O que é realmente conhecimento "nas matérias jornalísticas"? Nessas matérias temos a informação que pode ser ou não importante.
      O conhecimento é algo processado, construído. As matérias de jornais podem acrescentar ou não algo ao conhecimento do indivíduo, em geral levam-no a formar julgamentos, quase sempre, baseados em meias verdades que em poucos dias somem da realidade pessoal do leitor.
      O conhecimento é algo estável que pode ser processado a qualquer momento como parte do universo pessoal. Os jornais, revistas e mídias em geral falam de coisas fluídas, que são agora, mas daqui há pouco não valem mais nada, evaporaram-se, ficando apenas um registro do acontecimento, tornado público.

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  4. Conhecimento de vida ,conhecimento intelectual,acho que antes de buscarmos qualquer tipo de conhecimento devemos nos conhecer.Nos perguntando primeiramente o que buscamos nesse mundo ,o que podemos fazer para que possamos melhorar o ambiente em que convivemos com outras pessoas que podem ver meu ponto de vista diferente do que realmente seja,e,se eu puder responder a essas perguntas com exito ja seria de bom grado,ja seria um bom inicio do que vem a ser conhecimento partindo de mim mesmo.

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  5. Em minha opinião, conhecimento é o conjunto de informações que adquirimos sobre os seres, coisas, lugares etc. Essa aquisição é feita durante toda a vida, de forma constante.
    Em relação aos conhecimentos acima citados, todos têm sua importância, oque varia são as formas pelas quais se buscam os mesmos.

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    1. Boa tarde, Isabela!

      Em primeiro lugar, obrigado por estar participando. Em segundo, considerando o seu comentário, chamo a atenção para o fato de você considerar o "conjunto de informações" como conhecimento, discutimos bastante esse assunto em sala. Essas informações podem se tornar conhecimento quando as usamos de forma prática, para algo útil. A informação pela informação não resulta em sabedoria. É sempre muito bom refletir sobre isso porque nos leva a pensar no que fazemos com a informação que recebemos: a transformamos em conhecimento?(sabedoria).

      Um abraço!

      Oliveiros

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  6. Boa dica!
    Refletirei sobre o assunto, obrigada.

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