sábado, 23 de junho de 2012

TERCEIRA UNIDADE: AS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO



A HISTÓRIA DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO

Muito antes da existência das escolas e do sistema de ensino que conhecemos, a prática da educação, desde as primeiras civilizações, já era uma grande preocupação. O conceito de pedagogia surge da necessidade de uma sistematização da prática da educação. A Grécia antiga teve uma grande influência no pensamento pedagógico, através dos grandes filósofos e pensadores. Muitas das teorias pedagógicas desse período se desdobraram em várias correntes de pensamento, mas a essência das ideias concebidas sobre educação estão presentes, em grande parte, no sistema de ensino atual e na metodologia proposta por pedagogos contemporâneos. Muito se discute em relação à políticas para o sistema de ensino, assim como educadores buscam a melhor maneira de se chegar à estratégias e metodologias eficientes na arte de ensinar. Alguns defendem os métodos tradicionais, enraizados no pensamento pedagógico mais antigo e , por outro lado há uma corrente voltada à uma linha de trabalho exclusivamente contemporânea. Freire (1996) coloca,
“É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas o cronológico. O velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo”. (Freire, 1996, p 39)

AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA E SEUS PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM
O objetivo deste artigo é verificar os pressupostos de aprendizagem empregados pelas diferentes tendências pedagógicas na prática escolar brasileira, numa tentativa de contribuir, teoricamente, para a formação continuada de professores.
 
Sabe-se que a prática escolar está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica que implicam diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, inter alia. Assim, justifica-se o presente estudo, tendo em vista que o modo como os professores realizam o seu trabalho na escola tem a ver com esses pressupostos teóricos, explícita ou implicitamente.

Embora se reconheçam as dificuldades do estabelecimento de uma síntese dessas diferentes tendências pedagógicas, cujas influências se refletem no ecletismo do ensino atual, emprega-se, neste estudo, a teoria de José Carlos Libâneo, que as classifica em dois grupos: “liberais” e “progressistas”. No primeiro grupo, estão incluídas a tendência “tradicional”, a “renovada progressivista”, a “renovada não-diretiva” e a “tecnicista”. No segundo, a tendência “libertadora”, a “libertária” e a “crítico-social dos conteúdos”.

Justifica-se, também, este trabalho pelo fato de que novos avanços no campo da Psicologia da Aprendizagem, bem como a revalorização das idéias de psicólogos interacionistas, como Piaget, Vygotsky e Wallon, e a autonomia da escola na construção de sua Proposta Pedagógica, a partir da LDB 9.394/96, exigem uma atualização constante do professor. Através do conhecimento dessas tendências pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá condições de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala de aula.

No aspecto teórico-prático, ou seja, nas manifestações na prática escolar das diversas tendências educacionais, será dado ênfase ao ensino da Língua Portuguesa, considerando-se as diferentes concepções de linguagem que perpassam esses períodos do pensamento pedagógico brasileiro.

EDUCAÇÃO COMO REDENÇÃO DA SOCIEDADE
A primeira tendência - a educação como redentora social - concebe a sociedade como um todo orgânico que deve ser mantido e restaurado através da educação, pois o que importa é conservar e consolidar os conceitos, crenças e valores éticos que tornam possível a convivência em sociedade.
A educação, nessa tendência, tem por finalidade a adaptação do individuo a sociedade. É preciso, pela educação, amar a sociedade, restabelecer a ordem e integrar os indivíduos no todo social anteriormente definido, ou seja, a educação deve servir para reforçar os laços sociais, promover a coesão social e garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social (SAVIANI, 1987).
A educação, nesse contexto, tem poderes quase que absolutos sobre a sociedade, uma vez que a ela é atribuída, além da capacidade de direcionar a vida social, a força de redimir a sociedade. Um modelo clássico do pensamento de educação como redenção, encontra-se em Comênio educador considerado o pai da educação, autor da clássica obra "Didática Magna: tratado da Arte Universal de Ensinar Tudo a Todos", publicada em 1657.
Comênio parte da compreensão de que o mundo foi criado bom e harmônico por Deus e que, pela desobediência, o homem gerou o desequilíbrio e introduziu o pecado, desviando-se da harmonia primitiva do paraíso. O rompimento e a quebra do equilíbrio ecoaram na sociedade, a qual o autor julgava viver em meio à desordem e o caos. Mas nem tudo estaria perdido, pois a harmonia divina poderia ser restabelecida a partir da regeneração e da redenção da sociedade. Mas como iniciar esse processo de recuperação? Comênio aponta, então, que a educação, de crianças e jovens (a nova geração), é o meio mais eficaz para a redenção da sociedade, a fim de restabelecer, investindo e ensinando gerações futuras, a moral entre os homens.
Essa concepção perdurou por épocas. Como vimos, até o início do século XIX ainda se temia a adesão ao ensino obrigatório, estendido a todos, por medo de que a educação transgredisse a sua função original de mantenedora da ordem social. Acreditava-se, até o início do século XIX, que a educação igualitária e abrangente seria prejudicial à sociedade, pois, ao estudar, os indivíduos passariam a almejar posições outras na sociedade de classes, causando conflitos e alterações na ordem.
Para finalizar, vale ressaltar que a tendência redentora da educação não está erradicada. Ainda hoje se faz presente a ideia de redenção social através do ensino. Basta observar criticamente às escolas contemporâneas e a seus professores, para identificarmos resquícios da "educação redentora". Quantas escolas públicas, mantidas pelo Estado, ainda conservam o chamado "ensino religioso" em seus currículos? Quantos educadores ingenuamente acreditam que, através de suas ações e de seus métodos de ensino, estão contribuindo para a restituição moral e o restabelecimento da ordem social? Para Dermeval Saviani, essa tendência de atribuir à educação a finalidade de redenção social é a adoção de uma teoria não crítica da educação, uma vez que não leva em conta a contextualização crítica da educação dentro da sociedade da qual participa (SAVIANI, p.9).
Recebi a seguinte carta, que respondi em conformidade com o que se segue abaixo.
Caro Professor
Meu nome é ……. e eu sou mestranda em Educação pela Universidade……. Utilizei-me de seu livro sobre Filosofia da Educação como suporte de um capítulo sobre a filosofia e a ideologia da e na educação. A sistematização, que fiz, da função social da escola — de como ela é vista pela sociedade (redenção, reprodução e transformação) — foi criticada pelo meu orientador, que entendeu que o termo “redenção” seria, de certa forma, um termo jocoso. A minha questão é: redenção e transformação não acabam se encontrando com um mesmo sentido? O senhor vê na sociedade (tirando os artistas e os jogadores de futebol), alguma chance de emancipação social sem a educação?
Obrigada, espero que me tenha feito entender…
As categorias sociológicas redenção e transformação, como meta final, aparentemente, dirigem-se para a mesma direção — a emancipação do ser humano. Porém, cada uma delas entende a emancipação de formas diversas. A visão redentora acredita na possibilidade de “salvar a humanidade” de suas mazelas, de suas fragilidades, de seus “pecados”, aqui, a educação é uma entidade externa à vida social. Já a visão transformadora vê a emancipação do ser humano como um caminhar para a sociedade igualitária, onde todos possam viver em condições de igualdade; aqui, a educação é uma das forças internas à trama das relações que constituem a vida social e histórica. Desse ponto de vista, essas cosmovisões são completamente diferentes, até mesmo opostas — uma coloca a educação como um fenômeno externo e soberano à vida social e a outra coloca a educação como um componente interno à vida social, sendo, ao mesmo tempo, determinado por ela e determinante da mesma. O fenômeno da educação é determinado pelas múltiplas determinações da realidade, contudo, no embate das forças presentes, ela também determina o movimento na medida de sua capacidade de interferir no processo.
O termo redenção, no caso, expressa uma categoria sociológica, que explica uma cosmovisão educativa. Uso o termo categoria, em conformidade com o uso feito por Marx, ou seja, como uma explicação da realidade. Aliás, esse também foi o uso feito por Dermeval Saviani no livro Escola e Democracia, Cortez Editora, e por José Carlos Libâneo, no livro Democratização da escola pública, Edições Loyola, quando abordam a educação tradicional como rendentora..
No caso, então, o termo redentora expressa uma categoria sociológica salvacionista, ou seja, é a compreensão daqueles que, consciente ou inconscientemente, crêem que a educação tem o poder de administrar a vida social com todos os seus sucessos e insucessos (nesse sentido, “salvacionista”) e atuam como se a educação pudesse redimir a todos, possibilitando uma sociedade equilibrada e saudável. A expressão educação redentora é tomada no sentido de compreender que há um recurso que redime a todos. Essa é a crença que está como pano de fundo da pedagogia tradicional. Os educadores tradicionais acreditavam e acreditam que a educação é a força que dá direção à vida social. Ela está acima da vida social.
Já a pedagogia transformadora tem como pano de fundo o entendimento de que não há uma força redentora (acima e fora da vida social), mas sim uma dinâmica de contradições sociais, que produz o movimento social. Marx nos lembra que o movimento social se faz pelas contradições de seus diversos e variados segmentos, assim como pelas contradições entre suas forças em ação. Ele tem a expectativa de que o ser humano, social e historicamente constituído, um dia, chegará ao equilíbrio, onde cada um “dará segundo sua capacidade e onde cada um receberá segundo sua necessidade”, ou seja, uma sociedade igualitária entre os seres humanos, onde todos podem viver de modo satisfatório, em pé de igualdade. Neste olhar político-pedagógico, não há uma redenção, mas sim um movimento das forças sociais em direção à emancipação do ser humano como individuo e como coletividade, como necessidade do ser humano. A educação é, então, uma das forças sociais em movimento, que se encontra dentro da sociedade (equivalente a todas as forças constitutivas da vida social), não acima dela, como se daria numa cosmovisão redentora.
Na visão “redentora”, a educação coloca-se acima da vida social e será ela a salvar (redimir) a sociedade de seus desequilíbrios, o que é um desejo que não se sustenta frente a uma análise consistente da vida social. Na cosmovisão redentora, há um redentor que salva (no caso a educação); na cosmovisão transformadora, o movimento social emancipatório se faz pelo embate das forças sócias atuantes. Daí que os defensores de uma visão transformadora assumem que a prática educativa deve ser realizada com o maior investimento possível, para, com tal força, no embate das relações sociais, se processe a mudança emancipatória do ser humano, individual e coletivo.
A cosmovisão transformadora exige dos sistemas de ensino, mas especialmente, dos educadores — de modo individual, mas especialmente de modo organizado — um engajamento no investimento por uma sociedade igualitária e a contribuição da educação será formar, da melhor e mais atual forma possível, as crianças, os adolescentes e os adultos, com os quais trabalha. Daí, então, a necessidade de um planejamento consistente e politicamente comprometido do ensino, o que implica numa execução e numa avaliação da aprendizagem comprometidas com os mesmos ideários.
Marx nos lembra que uma concepção não vai à prática sem múltiplas mediações e as mediações pedagógicas são: o planejamento consistente, sua execução consistente e uma prática avaliativa efetivamente avaliativa, ou seja, subsidiária (a serviço) dos resultados efetivamente desejados, diversa de uma prática examinativa, que é seletiva e discriminadora.
Ultrapassando a explicação dos termos que você me solicitou, pessoalmente, opto pela cosmovisão transformadora, pela qual a educação é uma força presente na trama constitutiva da vida social. A meu ver, devemos colocá-la a serviço do ser humano, individual e coletivo, na busca de sua emancipação, ou seja, na busca da igualdade de condições de vida para todos, por dentro da própria vida social e não por fora dela. Seres humanos educados constituem uma sociedade educada. Isso tem uma dupla via — quanto mais os seres humanos individuais se educam, temos uma sociedade mais educada e, quanto mais tivermos uma sociedade educada, mais teremos seres humanos individuais educados. Ocorre uma dialética entre esses fenômenos, um não vem antes do outro nem um é mais importante que outro. Ambos são importantes.
Salvador, 30 de junho de 2010.

Cipriano Luckesi
"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".
" As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras para melhorar os olhos."

"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...
O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido!"
 “Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das coisas que deve fazer e das pessoas que o cercam. Em pouco tempo descobrirá que a vida é muito boa e que você é uma pessoa querida por todos.”
Eu quero desaprender para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
"Meu único desejo, meu tema musical, meu diamante é a educação".

13 comentários:

  1. Acredito que a educação deve ser vista como meio de transformação e, para isso, as escolas e seus educadores precisam estar preparados. Para que a realidade social seja transformada pela educação todos os participantes dessa transformação (escola, professor, aluno) devem estar conscientes de seus papéis; os professores preparados para ajudar na emancipação da sociedade e os alunos dispostos a "sofrer" essa emancipação. Em suma, a visão transformadora da educação (discutida por Luckesi) é o único meio de se criar uma sociedade mais igualitária.

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    1. Compreendo que devemos, sim, lutar por uma escola “transformadora”, mas com certos cuidados. Que tipo de escola é essa, e até que ponto se quer essa transformação? Ou se está criando apenas outras formas que julgamos, ou nos levaram a julgar serem as melhores? Se estudarmos atentamente todas as tendências, veremos que uma escola deve ter um pouco de cada.
      Se quebrarmos a formalidade da escola como conhecemos, poderemos pensar em uma educação feita pelos cidadãos que compõem o seu grupo social, onde suas carências/necessidades, seus anseios/desejos mais sinceros possam ser vistos pelo próprio grupo e serem motivados e ajudados a encontrar as próprias soluções para seus problemas e a desenvolverem muito suas capacidades e habilidades para transformar a sua própria realidade.

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    2. Acho que o objetivo dessa transformação é a igualdade de direitos (e deveres) e oportunidades à todos. É claro que a escola deve ser pensado por e para os que dela participam; e é exatamente aí que entra a quebra da educação tradicional vista como único meio de "salvação".

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    3. Olha, Kledja, A pergunta que me vem nessa hora da "quebra da educação tradicional" é como fazer isso se os "fazedores" da "escola" não tomarem consciência disso? Poucos podem e recebem poder para, pelo conhecimento da realidade, do estudo e da ciência ou pela intuição.

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  2. É verdade que existe um caminho longo a ser percorrido, mas como o próprio Luckesi já adverte em seu texto "A cosmovisão transformadora exige dos sistemas de ensino, mas especialmente, dos educadores — de modo individual, mas especialmente de modo organizado — um engajamento no investimento por uma sociedade igualitária e a contribuição da educação será formar, da melhor e mais atual forma possível, as crianças, os adolescentes e os adultos, com os quais trabalha. Daí, então, a necessidade de um planejamento consistente e politicamente comprometido do ensino, o que implica numa execução e numa avaliação da aprendizagem comprometidas com os mesmos ideários." Ou seja, além de tomarem consciência disso os "fazedores da educação" precisam estar engajados nisso.

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    1. Oliveiros Nunes30 de junho de 2012 04:01
      Ótimo, Kledja, o que você traz tem uma importância valiosa para compreendermos esse momento de nossos estudos, gostaria que os demais pudessem também entrar nessa interação.
      Vamos destacar alguns pontos do que você aborda. O Luckesi diz que para se ter uma "cosmovisão transformadora" é preciso: organização dos sistemas e dos educadores; engajamento e investimento por uma sociedade igualitária; oferecer formação atualizada; para isso é preciso de planejamento consistente e comprometido politicamente; execução e avaliação da aprendizagem.
      Em que isso implica para nós educadores e futuros ou já "fazedores de de educação"?

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  3. Implica em mudanças consideráveis no modo de ver e de se fazer a educação. Quando a educação é vista como meio de transformação ela torna-se algo que precisa ser construído por todos e seus resultados dependerão do investimento de todos que fazem a escola. Diferente da visão "redentora" na qual a educação é a responsável pela salvação de uma sociedade já "desequilibrada".
    Também acho que os demais deveriam investir nessa discussão, estou aprendendo bastante com as leituras.

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  4. A frase de Freire diz tudo, não se deve renegar o antigo, entretanto, deve-se abrir portas para o novo, pois o que ontem foi visto com bons olhos, hoje já não é visto da mesma forma.

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  5. A educação,tem poderes quase que absolutos sobre a sociedade, uma vez que a ela é atribuída, além da capacidade de direcionar a vida social, a força de redimir a sociedade.
    Isso é um fato incontestável! Os poderes da educação ainda podem ir mais adiante!

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  6. Entretanto, o poder sobre a educação está na classe dominante que não tem interesse algum em que o povo tenha uma educação adequada. Pra que povão inteligente? pra constestar as decisoes deles? Pra duvidar de suas mentiras? Pra votar certo? O conhecimento é uma fonte de poder muito importante pra ser dada ao povão, por isso a educação no Brasil ainda é essa desgraça.

    Ana Jéssica

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  7. A educação sem duvida alguma é o alicerce para o desenvolvimento humano, é atraves dela que se constroi um futuro melhor, que se transforma um vida, uma sociedade.

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  8. Concordo com todas as minhas colegas.Infelizmente o poder de transformar a educação encontra-se em mãos erradas.

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  9. Texto muito bem apresentado, é uma pena que o pensamento pedagógico brasileiro não fica constante numa boa visão/prática. E sim fica sempre em movimento de maneiras erradas e contraditórias, talvez até por mãos erradas.

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