A HISTÓRIA DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO
Muito
antes da existência das escolas e do sistema de ensino que conhecemos, a
prática da educação, desde as primeiras civilizações, já era uma grande
preocupação. O conceito de pedagogia surge da necessidade de uma sistematização
da prática da educação. A Grécia antiga teve uma grande influência no
pensamento pedagógico, através dos grandes filósofos e pensadores. Muitas das
teorias pedagógicas desse período se desdobraram em várias correntes de pensamento,
mas a essência das ideias concebidas sobre educação estão presentes, em grande
parte, no sistema de ensino atual e na metodologia proposta por pedagogos
contemporâneos. Muito se discute em relação à políticas para o sistema de
ensino, assim como educadores buscam a melhor maneira de se chegar à
estratégias e metodologias eficientes na arte de ensinar. Alguns defendem os
métodos tradicionais, enraizados no pensamento pedagógico mais antigo e , por
outro lado há uma corrente voltada à uma linha de trabalho exclusivamente
contemporânea. Freire (1996) coloca,
“É
próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não
pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa
ao velho não é apenas o cronológico. O velho que preserva sua validade ou que
encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo”. (Freire,
1996, p 39)
AS
PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA E SEUS
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM
O objetivo deste
artigo é verificar os pressupostos de aprendizagem empregados pelas diferentes
tendências pedagógicas na prática escolar brasileira, numa tentativa de
contribuir, teoricamente, para a formação continuada de professores.
Sabe-se que a prática
escolar está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica que implicam
diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente, diferentes
pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, inter alia. Assim, justifica-se o presente estudo, tendo em vista
que o modo como os professores realizam o seu trabalho na escola tem a ver com
esses pressupostos teóricos, explícita ou implicitamente.
Embora se reconheçam
as dificuldades do estabelecimento de uma síntese dessas diferentes tendências
pedagógicas, cujas influências se refletem no ecletismo do ensino atual,
emprega-se, neste estudo, a teoria de José Carlos Libâneo, que as classifica em
dois grupos: “liberais” e “progressistas”. No primeiro grupo, estão incluídas a
tendência “tradicional”, a “renovada progressivista”, a “renovada não-diretiva”
e a “tecnicista”. No segundo, a tendência “libertadora”, a “libertária” e a
“crítico-social dos conteúdos”.
Justifica-se, também,
este trabalho pelo fato de que novos avanços no campo da Psicologia da
Aprendizagem, bem como a revalorização das idéias de psicólogos
interacionistas, como Piaget, Vygotsky e Wallon, e a autonomia da escola na
construção de sua Proposta Pedagógica, a partir da LDB 9.394/96, exigem uma
atualização constante do professor. Através do conhecimento dessas tendências
pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá condições
de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala de aula.
No aspecto
teórico-prático, ou seja, nas manifestações na prática escolar das diversas
tendências educacionais, será dado ênfase ao ensino da Língua Portuguesa,
considerando-se as diferentes concepções de linguagem que perpassam esses
períodos do pensamento pedagógico brasileiro.
EDUCAÇÃO COMO REDENÇÃO DA SOCIEDADE
A primeira tendência -
a educação como redentora social - concebe a sociedade como um todo orgânico
que deve ser mantido e restaurado através da educação, pois o que importa é
conservar e consolidar os conceitos, crenças e valores éticos que tornam
possível a convivência em sociedade.
A educação, nessa
tendência, tem por finalidade a adaptação do individuo a sociedade. É preciso,
pela educação, amar a sociedade, restabelecer a ordem e integrar os indivíduos
no todo social anteriormente definido, ou seja, a educação deve servir para
reforçar os laços sociais, promover a coesão social e garantir a integração de
todos os indivíduos no corpo social (SAVIANI, 1987).
A educação, nesse
contexto, tem poderes quase que absolutos sobre a sociedade, uma vez que a ela
é atribuída, além da capacidade de direcionar a vida social, a força de redimir
a sociedade. Um modelo clássico do pensamento de educação como redenção,
encontra-se em Comênio educador considerado o pai da educação, autor da
clássica obra "Didática Magna: tratado da Arte Universal de Ensinar Tudo a
Todos", publicada em 1657.
Comênio parte da
compreensão de que o mundo foi criado bom e harmônico por Deus e que, pela
desobediência, o homem gerou o desequilíbrio e introduziu o pecado,
desviando-se da harmonia primitiva do paraíso. O rompimento e a quebra do
equilíbrio ecoaram na sociedade, a qual o autor julgava viver em meio à
desordem e o caos. Mas nem tudo estaria perdido, pois a harmonia divina poderia
ser restabelecida a partir da regeneração e da redenção da sociedade. Mas como
iniciar esse processo de recuperação? Comênio aponta, então, que a educação, de
crianças e jovens (a nova geração), é o meio mais eficaz para a redenção da
sociedade, a fim de restabelecer, investindo e ensinando gerações futuras, a
moral entre os homens.
Essa concepção
perdurou por épocas. Como vimos, até o início do século XIX ainda se temia a
adesão ao ensino obrigatório, estendido a todos, por medo de que a educação transgredisse
a sua função original de mantenedora da ordem social. Acreditava-se, até o
início do século XIX, que a educação igualitária e abrangente seria prejudicial
à sociedade, pois, ao estudar, os indivíduos passariam a almejar posições
outras na sociedade de classes, causando conflitos e alterações na ordem.
Para finalizar, vale
ressaltar que a tendência redentora da educação não está erradicada. Ainda hoje
se faz presente a ideia de redenção social através do ensino. Basta observar
criticamente às escolas contemporâneas e a seus professores, para
identificarmos resquícios da "educação redentora". Quantas escolas
públicas, mantidas pelo Estado, ainda conservam o chamado "ensino
religioso" em seus currículos? Quantos educadores ingenuamente acreditam
que, através de suas ações e de seus métodos de ensino, estão contribuindo para
a restituição moral e o restabelecimento da ordem social? Para Dermeval
Saviani, essa tendência de atribuir à educação a finalidade de redenção social
é a adoção de uma teoria não crítica da educação, uma vez que não leva
em conta a contextualização crítica da educação dentro da sociedade da qual
participa (SAVIANI, p.9).
Recebi a seguinte carta, que respondi em conformidade com o que se segue
abaixo.
Caro Professor
Meu nome é ……. e eu sou mestranda em Educação pela Universidade…….
Utilizei-me de seu livro sobre Filosofia da Educação como suporte de um
capítulo sobre a filosofia e a ideologia da e na educação. A sistematização,
que fiz, da função social da escola — de como ela é vista pela sociedade
(redenção, reprodução e transformação) — foi criticada pelo meu orientador, que
entendeu que o termo “redenção” seria, de certa forma, um termo jocoso. A minha
questão é: redenção e transformação não acabam se encontrando com um mesmo
sentido? O senhor vê na sociedade (tirando os artistas e os jogadores de
futebol), alguma chance de emancipação social sem a educação?
Obrigada, espero que me tenha feito entender…
As categorias sociológicas redenção e transformação, como
meta final, aparentemente, dirigem-se para a mesma direção — a
emancipação do ser humano. Porém, cada uma delas entende a emancipação de
formas diversas. A visão redentora acredita na possibilidade de “salvar a
humanidade” de suas mazelas, de suas fragilidades, de seus “pecados”, aqui, a
educação é uma entidade externa à vida social. Já a visão transformadora vê a
emancipação do ser humano como um caminhar para a sociedade igualitária, onde
todos possam viver em condições de igualdade; aqui, a educação é uma das forças
internas à trama das relações que constituem a vida social e histórica. Desse
ponto de vista, essas cosmovisões são completamente diferentes, até mesmo
opostas — uma coloca a educação como um fenômeno externo e soberano à vida
social e a outra coloca a educação como um componente interno à vida social,
sendo, ao mesmo tempo, determinado por ela e determinante da mesma. O fenômeno
da educação é determinado pelas múltiplas determinações da realidade, contudo,
no embate das forças presentes, ela também determina o movimento na medida de
sua capacidade de interferir no processo.
O termo redenção, no caso, expressa uma categoria sociológica,
que explica uma cosmovisão educativa. Uso o termo categoria, em
conformidade com o uso feito por Marx, ou seja, como uma explicação da realidade.
Aliás, esse também foi o uso feito por Dermeval Saviani no livro Escola e
Democracia, Cortez Editora, e por José Carlos Libâneo, no livro Democratização
da escola pública, Edições Loyola, quando abordam a educação tradicional
como rendentora..
No caso, então, o termo redentora expressa uma categoria
sociológica salvacionista, ou seja, é a compreensão daqueles que,
consciente ou inconscientemente, crêem que a educação tem o poder de
administrar a vida social com todos os seus sucessos e insucessos (nesse
sentido, “salvacionista”) e atuam como se a educação pudesse redimir a
todos, possibilitando uma sociedade equilibrada e saudável. A expressão educação
redentora é tomada no sentido de compreender que há um recurso que
redime a todos. Essa é a crença que está como pano de fundo da pedagogia
tradicional. Os educadores tradicionais acreditavam e acreditam que a educação
é a força que dá direção à vida social. Ela está acima da vida social.
Já a pedagogia transformadora tem como pano de fundo o entendimento de
que não há uma força redentora (acima e fora da vida social), mas sim uma
dinâmica de contradições sociais, que produz o movimento social. Marx nos
lembra que o movimento social se faz pelas contradições de seus diversos e
variados segmentos, assim como pelas contradições entre suas forças em ação.
Ele tem a expectativa de que o ser humano, social e historicamente constituído,
um dia, chegará ao equilíbrio, onde cada um “dará segundo sua capacidade e onde
cada um receberá segundo sua necessidade”, ou seja, uma sociedade igualitária
entre os seres humanos, onde todos podem viver de modo satisfatório, em pé de
igualdade. Neste olhar político-pedagógico, não há uma redenção, mas sim um
movimento das forças sociais em direção à emancipação do ser humano como
individuo e como coletividade, como necessidade do ser humano. A educação é,
então, uma das forças sociais em movimento, que se encontra dentro da sociedade
(equivalente a todas as forças constitutivas da vida social), não acima dela,
como se daria numa cosmovisão redentora.
Na visão “redentora”, a educação coloca-se acima da vida social e será
ela a salvar (redimir) a sociedade de seus desequilíbrios, o que é um desejo
que não se sustenta frente a uma análise consistente da vida social. Na
cosmovisão redentora, há um redentor que salva (no caso a educação); na
cosmovisão transformadora, o movimento social emancipatório se faz pelo embate
das forças sócias atuantes. Daí que os defensores de uma visão transformadora
assumem que a prática educativa deve ser realizada com o maior investimento
possível, para, com tal força, no embate das relações sociais, se processe a
mudança emancipatória do ser humano, individual e coletivo.
A cosmovisão transformadora exige dos sistemas de ensino, mas
especialmente, dos educadores — de modo individual, mas especialmente de modo
organizado — um engajamento no investimento por uma sociedade igualitária e a
contribuição da educação será formar, da melhor e mais atual forma possível, as
crianças, os adolescentes e os adultos, com os quais trabalha. Daí, então, a
necessidade de um planejamento consistente e politicamente comprometido do
ensino, o que implica numa execução e numa avaliação da aprendizagem
comprometidas com os mesmos ideários.
Marx nos lembra que uma concepção não vai à prática sem múltiplas
mediações e as mediações pedagógicas são: o planejamento consistente, sua
execução consistente e uma prática avaliativa efetivamente avaliativa, ou seja,
subsidiária (a serviço) dos resultados efetivamente desejados, diversa de uma
prática examinativa, que é seletiva e discriminadora.
Ultrapassando a explicação dos termos que você me solicitou,
pessoalmente, opto pela cosmovisão transformadora, pela qual a educação é uma
força presente na trama constitutiva da vida social. A meu ver, devemos
colocá-la a serviço do ser humano, individual e coletivo, na busca de sua
emancipação, ou seja, na busca da igualdade de condições de vida para todos,
por dentro da própria vida social e não por fora dela. Seres humanos educados
constituem uma sociedade educada. Isso tem uma dupla via — quanto mais os seres
humanos individuais se educam, temos uma sociedade mais educada e, quanto mais
tivermos uma sociedade educada, mais teremos seres humanos individuais
educados. Ocorre uma dialética entre esses fenômenos, um não vem antes do outro
nem um é mais importante que outro. Ambos são importantes.
Salvador, 30 de junho de 2010.
Cipriano Luckesi
"Se fosse ensinar
a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".
" As palavras só
têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras para melhorar os olhos."
"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...
O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido!"
Aprendemos palavras para melhorar os olhos."
"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...
O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido!"
“Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das
coisas que deve fazer e das pessoas que o cercam. Em pouco tempo descobrirá que
a vida é muito boa e que você é uma pessoa querida por todos.”
Eu quero desaprender
para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.
Há escolas que são
gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
"Meu único
desejo, meu tema musical, meu diamante é a educação".
Acredito que a educação deve ser vista como meio de transformação e, para isso, as escolas e seus educadores precisam estar preparados. Para que a realidade social seja transformada pela educação todos os participantes dessa transformação (escola, professor, aluno) devem estar conscientes de seus papéis; os professores preparados para ajudar na emancipação da sociedade e os alunos dispostos a "sofrer" essa emancipação. Em suma, a visão transformadora da educação (discutida por Luckesi) é o único meio de se criar uma sociedade mais igualitária.
ResponderExcluirCompreendo que devemos, sim, lutar por uma escola “transformadora”, mas com certos cuidados. Que tipo de escola é essa, e até que ponto se quer essa transformação? Ou se está criando apenas outras formas que julgamos, ou nos levaram a julgar serem as melhores? Se estudarmos atentamente todas as tendências, veremos que uma escola deve ter um pouco de cada.
ExcluirSe quebrarmos a formalidade da escola como conhecemos, poderemos pensar em uma educação feita pelos cidadãos que compõem o seu grupo social, onde suas carências/necessidades, seus anseios/desejos mais sinceros possam ser vistos pelo próprio grupo e serem motivados e ajudados a encontrar as próprias soluções para seus problemas e a desenvolverem muito suas capacidades e habilidades para transformar a sua própria realidade.
Acho que o objetivo dessa transformação é a igualdade de direitos (e deveres) e oportunidades à todos. É claro que a escola deve ser pensado por e para os que dela participam; e é exatamente aí que entra a quebra da educação tradicional vista como único meio de "salvação".
ExcluirOlha, Kledja, A pergunta que me vem nessa hora da "quebra da educação tradicional" é como fazer isso se os "fazedores" da "escola" não tomarem consciência disso? Poucos podem e recebem poder para, pelo conhecimento da realidade, do estudo e da ciência ou pela intuição.
ExcluirÉ verdade que existe um caminho longo a ser percorrido, mas como o próprio Luckesi já adverte em seu texto "A cosmovisão transformadora exige dos sistemas de ensino, mas especialmente, dos educadores — de modo individual, mas especialmente de modo organizado — um engajamento no investimento por uma sociedade igualitária e a contribuição da educação será formar, da melhor e mais atual forma possível, as crianças, os adolescentes e os adultos, com os quais trabalha. Daí, então, a necessidade de um planejamento consistente e politicamente comprometido do ensino, o que implica numa execução e numa avaliação da aprendizagem comprometidas com os mesmos ideários." Ou seja, além de tomarem consciência disso os "fazedores da educação" precisam estar engajados nisso.
ResponderExcluirOliveiros Nunes30 de junho de 2012 04:01
ExcluirÓtimo, Kledja, o que você traz tem uma importância valiosa para compreendermos esse momento de nossos estudos, gostaria que os demais pudessem também entrar nessa interação.
Vamos destacar alguns pontos do que você aborda. O Luckesi diz que para se ter uma "cosmovisão transformadora" é preciso: organização dos sistemas e dos educadores; engajamento e investimento por uma sociedade igualitária; oferecer formação atualizada; para isso é preciso de planejamento consistente e comprometido politicamente; execução e avaliação da aprendizagem.
Em que isso implica para nós educadores e futuros ou já "fazedores de de educação"?
Implica em mudanças consideráveis no modo de ver e de se fazer a educação. Quando a educação é vista como meio de transformação ela torna-se algo que precisa ser construído por todos e seus resultados dependerão do investimento de todos que fazem a escola. Diferente da visão "redentora" na qual a educação é a responsável pela salvação de uma sociedade já "desequilibrada".
ResponderExcluirTambém acho que os demais deveriam investir nessa discussão, estou aprendendo bastante com as leituras.
A frase de Freire diz tudo, não se deve renegar o antigo, entretanto, deve-se abrir portas para o novo, pois o que ontem foi visto com bons olhos, hoje já não é visto da mesma forma.
ResponderExcluirA educação,tem poderes quase que absolutos sobre a sociedade, uma vez que a ela é atribuída, além da capacidade de direcionar a vida social, a força de redimir a sociedade.
ResponderExcluirIsso é um fato incontestável! Os poderes da educação ainda podem ir mais adiante!
Entretanto, o poder sobre a educação está na classe dominante que não tem interesse algum em que o povo tenha uma educação adequada. Pra que povão inteligente? pra constestar as decisoes deles? Pra duvidar de suas mentiras? Pra votar certo? O conhecimento é uma fonte de poder muito importante pra ser dada ao povão, por isso a educação no Brasil ainda é essa desgraça.
ResponderExcluirAna Jéssica
A educação sem duvida alguma é o alicerce para o desenvolvimento humano, é atraves dela que se constroi um futuro melhor, que se transforma um vida, uma sociedade.
ResponderExcluirConcordo com todas as minhas colegas.Infelizmente o poder de transformar a educação encontra-se em mãos erradas.
ResponderExcluirTexto muito bem apresentado, é uma pena que o pensamento pedagógico brasileiro não fica constante numa boa visão/prática. E sim fica sempre em movimento de maneiras erradas e contraditórias, talvez até por mãos erradas.
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