quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

NOVOS PENSADORES DA EDUCAÇÃO V - CESAR COLL

 

Cesar Coll
Biografia

César Coll Salvador é diretor do Departamento de Psicologia Evolutiva e professor da Faculdade de Psicologia da universidade de Barcelona, Espanha.
Lá foi coordenador da reforma do ensino de 1990, a Renovação Pedagógica. O modelo desenvolvido por ele e sua equipe inspirou mudanças na educação de diversos países, inclusive no Brasil. Como consultor do Ministério da Educação (MEC) entre 1995 e 1996, colaborou na elaboração dos novos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicado em 1997

 

Considerações sobre o Livro "Psicologia e Currículo", de César Coll

Por Elias Celso Galvêas

César Coll

PRIMEIRA PARTE

Capítulo I

César Coll é um emérito pesquisador espanhol, com relevantes serviços educativos prestados para seu país, principalmente no tocante à formulação e implementação da reforma curricular. No Brasil, César Coll trabalhou como consultor do MEC na elaboração dos "Parâmetros Curriculares Nacionais", a serem aprovados pelo Conselho Nacional de Educação, e serviram como marco referencial para o estabelecimento de diretrizes pedagógicas do "Ensino Fundamental".
Os resultados de César Coll fundamentam-se principalmente nas teorias de Piaget e Vigotsky, bem como Ausebel e Bruner, e traduzem uma proposta baseada nos princípios construtivistas e psicopedagógicos, ou seja, uma interação entre a pedagogia e a psicologia, como parâmetros da ação educativa. Em seu livro "Psicologia e Currículo", César Coll se propõe (no Capítulo 4º) a formular um plano curricular estratégico que procura abordar os conteúdos através do que é mais geral e simples ao mais particular, detalhado e complexo; do assunto que possui natureza mais concreta àquilo que é mais abstrato; o ensinar de forma psico-genética e aprender de forma histórico-crítica.
Basicamente, o modelo de projeto curricular de Coll parte de uma discussão sobre a finalidade da educação, das relações entre aprendizagem, desenvolvimento e educação, atentando igualmente às funções do currículo em relação ao planejamento do ensino, em linhas gerais.

Na elaboração de uma Proposta Curricular, César Coll considerou que as seguintes exigências devem ser atendidas:

(1) a proposta deve ser concreta, operacional, flexível e fácil de ser utilizada, em um período razoável de tempo;

(2) o projeto curricular formulado deve ser concreto, garantindo continuidade através da estruturação ordenada e coerente de cada disciplina, respeitando as diferenças de cultura locais (ou regionais), bem como os diferentes níveis ou etapas da escolarização considerada obrigatória;
(3) o modelo proposto deve ser flexível em relação às exigências epistemológicas dos conteúdos abordados (língua materna e estrangeira, matemática, Ciências, Estudos Sociais, Artes, tecnologia, educação Física, etc.). Lembrando que epistemologia significa: "estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das Ciências já construídas, e que visa determinar os fundamentos lógicos, o valor e o alcance objetivo delas. (...)"; e

(4) a proposta deve ser baseada no modelo aberto de currículo, de modo que tenha flexibilidade suficiente de adaptação em função do acelerado ritmo de transformação dos tempos atuais, bem como se adaptar às características gerais dos alunos em questão.

Além dessas exigências básicas, três aspectos devem ser considerados imprescindíveis:

- Relacionar o currículo a um projeto social e cultural, dentro do contexto da sociedade atual (componente sociológico). Isto equivale dizer que o currículo não deve ser apenas de natureza puramente técnica;
- Viabilizar a concepção construtivista: como se ensina e como se aprende; e
- Insistir na atenção à diversidade de capacidades, interesses e motivação dos alunos - ênfase ao conceito de Inteligências Múltiplas, que está diretamente relacionado às propostas construtivistas.
 
Assim, em relação às fontes do currículo, podemos observar três principais vertentes contrastantes, mas não excludentes: os "progressistas"; os "essencialistas"; e os "sociólogos". Os progressistas "destacam a importância de estudar a criança a fim de descobrir seus interesses, seus problemas, seus propósitos e suas necessidades" - vertente psicopedagógica -, sendo estas informações de enorme importância para a determinação dos objetivos curriculares. "Os essencialistas, por seu lado, consideram que os objetivos devem ser extraídos de uma análise da estrutura interna dos conteúdos de ensino, das áreas de conhecimento" - tal vertente é geralmente formada por especialistas adeptos à linha científico-cognitivista. A tendência sociológica, por fim, acredita que a fonte de informação principal para selecionar os objetivos curriculares encontra-se "na análise da sociedade, dos seus problemas, necessidades" imediatas e de suas características estruturais básicas.
 
para continuar lendo a primeira e segunda partes:
 
Comunidades de Apredizagem
e Educação Escolar
César Coll

 
Leia toda a palestra: 

http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ent_a.php?t=011


César Coll Salvador

As idéias desse pensador espanhol foram usadas na elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais e influenciam nossa rede de ensino

01/08/2002 19:29
Texto Cristiane Marangon e Eduardo Lima
 
Biografia: professor de Psicologia Evolutiva e da Educação na Faculdade de Psicologia da Universidade de Barcelona. Foi um dos principais coordenadores da reforma educacional espanhola e consultor do MEC na elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais, aqui no Brasil. Escreveu Psicologia e Currículo (Ed. Ática), Ensino, Aprendizagem e Discurso em Sala de Aula, (Ed. Artmed).

O que ele diz: a preparação de um currículo precisa satisfazer todos os níveis da escola. O que importa é o que o aluno efetivamente aprende, não o conteúdo transmitido pelo professor.

Um alerta:
o bom funcionamento de um currículo depende não só do professor, mas também dos alunos, pais, funcionários, coordenadores e diretores.
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2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Interessantíssima a abordagem dada por César Coll na elaboração do PCN.
    A questão da adaptação e da participação multua da comunidade para o aprendizado do aluno, notamos que é um processo delicado, mas simples, quando adotamos visões sociais e culturais em um só tempo.

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