Abaixo seguem as teses do existencialismo, consideradas
fundamentais, segundo: Abdeljalil Akkari,
Peri Mesquida
e Regina Berbetz Valença.
Das “teses” do
pensamento existencialista, consideradas fundamentais, decorrem não poucas
implicações para a reflexão e a prática pedagógicas que têm exercido importante
influência na educação brasileira.
• O aluno é o centro da ação pedagógica. Enquanto na prática
pedagógica, fundada no tomismo-aristotélico, o centro da ação é o professor,
naquela alicerçada sobre o existencialismo, o centro passa a ser o estudante.
• Respeito pela individualidade do estudante. Cada estudante
é um microcosmo, um ser único. Portanto, isso deve ser levado em consideração
na atuação do professor.
• O conhecimento não pode ser transmitido, mas é decorrente
de uma relação dialógica estabelecida entre seres que conservam sua individualidade.
• O aprender é visto como uma inserção apaixonada no objeto
de estudo, como um mergulho na realidade com a finalidade de decodificá-la.
• Os conteúdos programáticos não podem ser “disciplinas”,
pois são instrumentos de realização da pessoa – não é o estudante que se
“sujeita” à matéria, mas a matéria que se sujeita a ele: acima do livro a
pessoa.
• Não pode haver estudo dirigido. O estudante, no uso da
liberdade, escolhe o que aprende e o que fazer, pois afinal, é ele quem decide
sobre o seu próprio caminho.
• A manipulação é um crime. Para o educador existencialista
o método pedagógico por excelência é a pedagogia do diálogo, mas levando-se em
conta que a ação dialógica não elimina o conflito. Diálogo é questionamento.
• O diálogo fundado na honestidade, gera confiança. Esta é
imprescindível para o crescimento intelectual.
• A história é a luta do homem para conquistar a sua
liberdade.
• Não há imposição. Esta deve ser eliminada da prática
pedagógica.
• O estudante não é um espectador do drama da aprendizagem,
mas ator.
• A superficialidade do “se”. Quando falamos diz-“se”,
falou-“se”, conta-“se”, etc., estamos nos esquivando da responsabilidade,
buscando o refúgio da neutralidade.
Para ler o artigo e compreender melhor o que está exposto acima, acessar:
EDUCAÇÃO E ESPERANÇA: UMA CONTRIBUIÇÃO DE GABRIEL MARCEL E
MARTIN BUBER SOBRE O PAPEL DO EDUCADOR EM MEIO À VIOLÊNCIA
Valber Oliveira de Brito
valberbrito@yahoo.com.br
Desejamos, apenas, que ponhais todo o empenho
em
guardar inata a vossa esperança até o fim (HEB 6, 11).
Resumo:
O presente trabalho traz os resultados da investigação teórica e empírica, em torno dos quais
analisamos as relações intersubjetivas que envolvem o sentimento de esperança vivenciado por educadores e
que são construídas no universo escolar, especialmente em meio à violência que se encontra nas escolas nos
tempos atuais. Para isso recorremos, em especial, à noção de diálogo presente, sobretudo, em Martin Buber e à
noção de esperança, como compreendida por Gabriel Marcel. Tangenciando essa discussão, analisamos
empiricamente a relação que existe entre o papel do educador e a tensão existente entre pessoa e instituição,
tendo como foco os teóricos Emmanuel Mounier e Paul Ricoeur. As análises dos relatos dos educadores
mostram que há esperança em meio ao caos e à violência.
Palavras-chave:
Educação. Gabriel Marcel. Martin Buber. Diálogo. Esperança.
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