terça-feira, 11 de agosto de 2015

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO DE SANTO AGOSTINHO





“Não se deve esperar da criança inteligência nem aspirar a ela. 
O mais importante é a consciência, a disciplina”;

“Não se aprende pelas palavras, que repercutem exteriormente, mas pela verdade, que ensina interiormente”



Em capítulos de alguns de seus livros Santo Agostinho aborda temas filosóficos da educação e também recomenda um método pedagógico que acredita o mais eficaz para o ensino dos jovens.

No Sobre o mestre (De Magistro) e no seu Sobre a Doutrina Cristã (De doctrina christiana) encontramos o objetivo último que Santo Agostinho dá para a educação: voltar-se o Homem para Deus. Mas como os seres humanos são um mistério para si mesmos, Deus é entendido como inteiramente misterioso. Assim, a busca incessante de Deus é sempre uma busca de um objetivo inatingível pelo buscador. Ele considerava o ensino como mera preparação para a compreensão, e esta seria uma iluminação do "professor íntimo", que é Cristo. Ensinar, diz ele, é o maior de todos os atos de caridade (**).

O método de Agostinho não é o socrático, que usa o diálogo como alguém que não sabe nada, e que procura descobrir a verdade caminhando junto com o aluno nesse sentido. Ao contrário, ele acreditava mais em transmitir o conhecimento para os alunos como aquele que sabe a verdade para os que não sabem nada. Assim, ele estabeleceu uma metodologia cristã, que influenciou estudiosos e educadores ao longo da história do Ocidente.

Ser professor nesse contexto era um ato de amor. Este amor era necessário, pois sabia das dificuldades de estudo, e a resistência ativa dos jovens para a aprendizagem. Ele também considerou o idioma um obstáculo para a aprendizagem, uma vez que a mente se move mais rápido do que as palavras que o professor pronuncia, e as palavras, por sua vez, não expressam adequadamente o que o professor pretende.

O professor, ao ensinar estudantes que têm alguma cultura, precisa começar por questioná-los sobre o que já sabem, a fim de não repetir o que já conhecem e sim levá-los com rapidez às matérias que ainda não tenham dominado. Ao ensinar o aluno superficialmente educado, o professor precisava insistir na diferença entre terem de memória as palavras e ter efetiva compreensão. Com relação ao aluno sem educação, Agostinho incentivou o professor a ser simples, clara, direta e paciente. Este tipo de ensinamento muita repetição necessária, e pode induzir o tédio no professor, mas Agostinho pensei que este tédio seria superado por uma simpatia com o aluno. Este tipo de simpatia induz alegria no professor e alegria no aluno.

De um modo geral o ensino deve ser feito no que Agostinho chamou o "método moderado". Esse estilo de ensino exige que o professor não sobrecarregue o aluno com muito material, mas aborde um tema de cada vez, para revelar ao aluno o que está escondido nele, para resolver dificuldades, e antecipar outras questões que possam surgir. Considera importante até mesmo o modo de falar do professor, que deve ter em ritmo equilibrado, usando frases bem elaboradas em equilíbrio com frases simples, com o propósito de encantar os alunos e atraí-los para a beleza do material.

Para ler o artigo completo, acessar:  http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-santagostinho.html


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