“Não se deve
esperar da criança inteligência nem aspirar a ela.
O mais importante é a
consciência, a disciplina”;
“Não se aprende pelas palavras, que repercutem
exteriormente, mas pela verdade, que ensina interiormente”
Em capítulos de alguns de seus livros Santo Agostinho aborda temas
filosóficos da educação e também recomenda um método pedagógico que acredita o
mais eficaz para o ensino dos jovens.
No Sobre o
mestre (De Magistro) e no seu Sobre a Doutrina Cristã (De doctrina christiana)
encontramos o objetivo último que Santo Agostinho dá para a educação: voltar-se
o Homem para Deus. Mas como os seres humanos são um mistério para si mesmos,
Deus é entendido como inteiramente misterioso. Assim, a busca incessante de
Deus é sempre uma busca de um objetivo inatingível pelo buscador. Ele
considerava o ensino como mera preparação para a compreensão, e esta seria uma
iluminação do "professor íntimo", que é Cristo. Ensinar, diz ele, é o
maior de todos os atos de caridade (**).
O método de Agostinho não é o socrático, que usa o diálogo como
alguém que não sabe nada, e que procura descobrir a verdade caminhando junto
com o aluno nesse sentido. Ao contrário, ele acreditava mais em transmitir o
conhecimento para os alunos como aquele que sabe a verdade para os que não
sabem nada. Assim, ele estabeleceu uma metodologia cristã, que influenciou
estudiosos e educadores ao longo da história do Ocidente.
Ser professor nesse contexto era um ato de amor. Este amor era
necessário, pois sabia das dificuldades de estudo, e a resistência ativa dos
jovens para a aprendizagem. Ele também considerou o idioma um obstáculo para a
aprendizagem, uma vez que a mente se move mais rápido do que as palavras que o
professor pronuncia, e as palavras, por sua vez, não expressam adequadamente o
que o professor pretende.
O professor, ao ensinar estudantes que têm alguma cultura, precisa
começar por questioná-los sobre o que já sabem, a fim de não repetir o que já
conhecem e sim levá-los com rapidez às matérias que ainda não tenham dominado.
Ao ensinar o aluno superficialmente educado, o professor precisava insistir na
diferença entre terem de memória as palavras e ter efetiva compreensão. Com
relação ao aluno sem educação, Agostinho incentivou o professor a ser simples,
clara, direta e paciente. Este tipo de ensinamento muita repetição necessária,
e pode induzir o tédio no professor, mas Agostinho pensei que este tédio seria
superado por uma simpatia com o aluno. Este tipo de simpatia induz alegria no
professor e alegria no aluno.
De um modo geral o ensino
deve ser feito no que Agostinho chamou o "método moderado". Esse
estilo de ensino exige que o professor não sobrecarregue o aluno com muito
material, mas aborde um tema de cada vez, para revelar ao aluno o que está
escondido nele, para resolver dificuldades, e antecipar outras questões que
possam surgir. Considera importante até mesmo o modo de falar do professor, que
deve ter em ritmo equilibrado, usando frases bem elaboradas em equilíbrio com
frases simples, com o propósito de encantar os alunos e atraí-los para a beleza
do material.
Para ler o artigo
completo, acessar: http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-santagostinho.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário